sexta-feira, 6 de julho de 2012

... e não é que passa rápido mesmo ?



A imagem que ilustra esta postagem mostra a categoria Copa Corsa no antigo parque-fechado do Paulista de Automobilismo, na entrada dos boxes. O ano desta foto está lá pelos 1999/2000, mas meu pensamento está um tantinho mais para frente...

Pois é, meus caros... esta semana estão completando-se 10 anos de minha última acelerada no templo. Na primeira semana de julho, ano 2002, passei algumas horas ao lado do Bragantini pai, do Bragantini filho, e o restante do staff. Testei um dos DTM-Turismo (Copa Corsa modificado aerodinamicamente para descaracterizar o modelo), lembro que era branco e verde, e era utilizado regularmente por um piloto com nome italiano (Patrese ??).

O treino tinha como objetivo apresentar-me ao carro, à equipe e à categoria que eu pretendia disputar naquele segundo semestre. Pelo time competiam nomes como Rolf Gemperli, Keko Ferraz, Alexandre Souza e outros... minha expectativa era apenas de não estragar o brinquedo de ninguém. Lembro de percorrer séries de voltas e retornar, e no que seria a penúltima delas começa a chover. "Andrezinho" disse-me para sentir o carro no molhado, mas achei melhor encostar e encerrar as atividades. Meu orçamento não era dos mais privilegiados...

Deixei Interlagos de 'boca torta', não fiz tudo o que queria e podia... na minha mente? "Na próxima oportunidade vou pro meu limite". Mal sabia eu que, tão cedo, não apareceria outra oportunidade. Havia recentemente perdido meu pai (dois meses antes), e os meses seguintes foram de diversos contratempos profissionais e familiares, e "aquela próxima oportunidade" ainda não pintou...

10 anos... e não é que passa rápido mesmo ?

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Em tempo: perdi muitas coisas em uma das minhas mudanças, inclusive (para meu total desespero) uma caixa de tamanho médio, contendo meus equipamentos de corrida (macacão, capacete...) e muitos álbuns de fotos, além de outras coisinhas... estas que ficam apenas na minha memória e na de algumas pessoas. Ainda tenho contato com algumas das pessoas presentes àquele treino, o preparador Colinha e um dos mecas ("Manel" como é conhecido, que hoje trabalha na Alpie) são dois exemplos. Sempre que vou ao autódromo em dia de Paulistão, deixo passar longos minutos conversando com eles e lembrando dos tempos passados, mas em fim de semana de corrida os afazeres deles são muito mais corridos que os meus.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quem diria...




Então pessoal, normalmente escrevo por aqui às quartas, porém fui surpreendido com um achado interessantíssimo neste domingo, ao menos para mim... um blog que remete ao antigo Marazzi - curso de pilotagem.

Frequento o Autódromo de Interlagos (e seu kartódromo) desde 1990, contudo as primeiras referências sobre pilotagem de competição eu recebi quando matava aula às terças de 1994, e ficava em quase todos os lugares possíveis, acompanhando os alunos aprenderem sobre como 'dobrar'. Lembro também de um fórmula, que não sei ao certo qual categoria participava (se Super1600 ou Formula2000) que levava as cores da Blaupunkt. Esse fórmula ficava na oficina da escola, na esquina da Interlagos com a Jangadeiro. Fiquei muitas tardes naquela oficina, conversando com mecânicos e um ou outro instrutor. Na época tinha apenas 14-15 anos, e hoje, 16-17 anos depois, lembro de tudo como se fosse hoje.

Em especial, em uma das conversas com um dos mecas de lá na época, o mesmo disse ter montado um kart antigo, e sonhava em pilotar na pista. Eu já estava envolvido com o kart e, como tinha tempo livre, dispus-me a ajudá-lo em sua estréia na pista, até emprestei meu capacete para ele (rsrs). Num sábado frio, cheguei no kartódromo pelas 8hs e ele já estava lá, com o kart no chão perto da antiga entrada dos pits, ao lado da secretaria. Dizia-se decepcionado, mas não por não poder treinar, mas sim por ter 'me arrastado' até lá a troco de nada, pois o kart que montara não poderia entrar na pista por não ter carenagens (na época, o bico era opcional, mas as laterais eram obrigatórias). Na mesma hora pensei em emprestar as do meu kart, mas minha equipe não treinaria naquele fim de semana e, antes do celular chegar com força ao Brasil, ficou difícil falar com o responsável pela oficina (rs). Em meio a tristeza do ainda-virgem piloto e seu 'quase-kart' (era na verdade um esqueleto de 1986, acho, com um motor V4, que arrancava risos de quem passava ao lado, pois estava quase todo enferrujado e calçado com pneus velhos), comecei a falar sobre a conversa que havíamos tido ainda naquela semana, falando sobre kart. Disse que as referências de pista que ele tinha (do autódromo, por auxiliar nas aulas do Gabriel Marazzi) deviam ser esquecidas, pois kart é outro planeta, apenas que lembrasse das dicas de seu mestre. Então fez-se a luz... ele lembrou-se que haviam carenagens antigas de kart jogadas num canto da oficina da escola, e foi correndo buscá-las. Já de volta, todo orgulhoso, pagou a taxa (R$ 20 pelo dia todo... bons tempos), instalou-se na garagem atrás da secretaria, ao lado do ambulatório (lembre-se, falamos de 1994), vestiu meu capacete e sentou no bichinho. Ele levou dois amigos com ele, mas eu não perdi a oportunidade e cutuquei: "Folgado, levanta e empurra também!". Aos risos, o velho V4 não pegou... puxamos para trás, tentamos novamente e AGORA SIM !! Quatro voltas na pista e todos aqueles que riam, se surpreenderam... não é que o ferrugem tinha fôlego? De volta ao pit, falou que estava cortando no fim das retas e perguntou se a relação era a certa. Eu disse: "Cara, não pensa nisso, aproveita a pista e divirta-se!" (estava cortando porque, com pouco combustível, o pescador não funcionava). Ao voltar pra pista, os amigos dele e eu aguardamos sua passagem... que não aconteceu. Como os rapazes nunca haviam estado no kartódromo antes e resolveram cuidar dos "equipamentos", corri sozinho pelos pits... até que cheguei em um box e lá estava meu 'pupilo', trovando com um chefe de equipe. O mesmo dava dicas e contava histórias, uma delas é que ficou emocionado ao ler 'Curso Marazzi de Pilotagem' nas laterais do kart, achou que fosse algum parente do Mestre Expedito, e foi procurar saber. Este chefe de equipe cedeu gratuitamente um tanque de combustível já misturado ao óleo 2t para que suas lembranças continuassem aflorando... mas o melhor lance do dia aconteceu ali mesmo: além do combustível e das várias dicas, o ferrugem ganhou um banho de 'singer' na corrente, aplicado por um mecânico, um dos que eu flagrei rindo e fazendo piadas com aquele mesmo kart, enquanto estava do lado de fora, piadinhas do tipo: "que estupidez trazer essa peça de ferro velho para enferrujar nossos ZF's...". Em tempo, creio que o ZF era o chassis mais caro da época, e sonho de muitos kartistas. Não lembro quais foram suas melhores voltas, nem mesmo se foram voltas dignas de competição, mas o sorriso visto naquele ajudante de mecânico em seu dia de estréia mostrava uma pessoa realizada, uma pessoa feliz, e nenhum cronômetro ou planilha de tempos podia entortar aquele sorriso. Seu nome era Adriano, e depois que a oficina deixou aquele endereço, nunca mais o vi... depois de 17 anos, parece que foi ontem...

Desculpe o texto longo, mas as memórias são muito maiores, e não quero judiar vocês (rs). Até a próxima, pessoal !

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O início !!

Uma foto da época, mas não tirada para mim

Com o apoio da estrutura da Barrichello Kart School (a foto abaixo foi tirada na oficina deles na época, na Rua Jaquirana) e um patrocínio que permitia-me correr mas não podia treinar muito, corri várias etapas na categoria Novatos entre 1993 e 1994, porém sem resultados expressivos. No meio do ano eles retiraram todo o patrocínio que faziam (além do meu, patrocinavam mais uns 5-6 pilotos, a Copa Pakalolo desde 1992 creio, e outras coisas fora corridas), e sem dinheiro eu nunca mais andei de kart 125cc.

Alinhando o banco para iniciar a Copa Parilla de kart, 1994

Na época eu não entendia muito sobre o valor do dinheiro, e estava certo de que conseguiria outro patrocinador e correria para sempre... doce adolescência.

Até a próxima !!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Relargada !!



Desde a realização do sonho no longínquo 1993 (categoria Novatos do Campeonato Parilla de Kart), passando por testes em carros de turismo e algumas corridas de kart e Turismo N, até última acelerada (treino com um GM Corsa da extinta DTM Turismo em 2002), passei por uma reviravolta múltipla na minha vida pessoal que derrubou as chances de continuidade e, ao completar 10 anos longe das pistas em 2012, estarei de volta às competições. Neste blog vou tentar retratar todos os meus passos até o retorno e, obviamente, tudo o que eu fizer relacionado à minha "pseudo-carreira".

Obrigado pela visita. Por favor perdoem meus erros de escrita, Língua Portuguesa não era minha especialidade na escola (rs). Quem sabe talvez você seja mais um destes "doentes limitados", identifique-se e pise fundo tal qual este que vos escreve. Se não é, espero que ao menos divirta-se acompanhando minha caminhada (e minhas aceleradas).

Agradecimento especial à minha esposa:
"Mih, não fosse sua presença eu não reuniria forças para voltar. AMO VOCÊ, TE QUERO PARA SEMPRE !!!"